30/06/2009

O SOLDADO FERIDO

Um soldado na guerra foi atingido por uma granada. Sente que vai morrer e manda chamar alguém que lhe mostre o Caminho da Salvação. Ninguém possuía uma mensagem de última hora, até que o enviado encontrou alguém que estava manejando um canhão. “Um soldado está morrendo e quer que alguém lhe aponte o Caminho da Salvação”. O que estava trabalhando no canhão tirou um Novo Testamento do bolso. Abriu em Jo 3.16 e disse: “Leia este texto para ele”. O soldado enviado voltou e leu para o soldado ferido: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira..., para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna”. “Todo aquele que nele crê? Repita!”. “Para todo aquele que nele crê...”. “Ah, sim!, para que TODO aquele que nele crê! Já entendi tudo; podes ir”. E o soldado ferido partiu para todo o sempre, na presença do Senhor.

25/06/2009

A CHAMA DA ALMA

Era uma vez um rei, que apesar de ser muito rico, era um homem simples; completamente desapegado de sua riqueza e extremamente querido de seu povo.
Um dia, quando um de seus súditos perguntou-lhe como ele conseguia conciliar tanta riqueza com tamanha simplicidade, ele ordenou aos seus soldados: "Levem este homem aos meus depósitos reais. Dê-lhe uma lamparina acesa e deixe-o olhar e até tocar todo o meu tesouro, para que ele possa avaliá-lo para mim; porém, se ele deixar a lamparina se apagar, dê-lhe dez fortes chibatadas.
Duas horas depois o homem voltou à presença do rei com a lamparina ainda acesa, e o rei lhe perguntou: "Então, quanto vale o meu tesouro?". "Senhor, eu estava tão preocupado em não deixar a lamparina se apagar que nem consegui avaliar direito o seu tesouro; desculpe-me, senhor", respondeu o homem. "Este é o meu segredo", confidenciou-lhe o rei, "fico tão ocupado em manter acesa a chama da minha alma que nem reparo direito nestas coisas".

22/06/2009

A CRISE É MUITO SÉRIA!

Um homem vivia na beira da estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio, e por deficiência de vista não podia ler jornais, mas em compensação vendia bons cachorros-quentes. Colocou um cartaz na beira da estrada, anunciando a mercadoria, ficou por ali, gritando, quando alguém passava: “Olha o cachorro-quente especial!”.
E as pessoas compravam. Com isso aumentou os pedidos de pão e salsichas e acabou construindo uma boa mercearia. Então mandou buscar o filho, que estudava na universidade, para ajudá-lo a tocar o negócio, e alguma coisa aconteceu. O filho veio e disse: “Papai, o senhor não tem ouvido rádio? Não tem lido jornais? Há uma crise muito séria e a situação internacional é perigosíssima! Diante disso, o pai pensou: “Meu filho estudou na universidade, ouve rádio e lê jornais, portanto, deve saber o que está dizendo!” Então reduziu os pedidos de pão e salsichas, tirou o cartaz da beira da estrada, e não ficou por ali apregoando sua mercadoria. As vendas caíram do dia para a noite, e ele disse ao filho, convencido: “Você tinha razão, meu filho, a crise é muita séria”.
(de um panfleto encontrado no chão)

19/06/2009

UM CASO INSPIRADOR

Melville Cox, missionário que trabalhou na África, pouco pôde fazer diretamente em favor desse país. Quatro meses depois de sua chegada ao campo missionário, morreu com 33 anos de idade. Mas uma carta endereçada a um amigo da Universidade Wesleyana, dizia assim: “Se eu morrer na África, venha escrever o meu epitáfio". O amigo respondeu: “Eu irei; o que é que devo escrever no seu túmulo?” A resposta foi esta: “Ainda que milhares pereçam, não desista de evangelizar a África”. Essa frase, iluminada pelo sacrifício, transformou-se em apelo permanente para a evangelização”. As bênçãos da consagração ao trabalho de Deus, são, de fato, incomensuráveis. As almas consagradas nunca podem ver na sua totalidade os benefícios que espalham entre os homens.

16/06/2009

CERTAMENTE ELE VOLTARÁ

Quando o missionário e ilustre pregador David Livingstone, explorador da África desconhecida, tinha acabado de percorrer o gigantesco continente pela segunda vez, suas condições financeiras tinham chegado ao fim. Era necessário voltar o quanto antes ao seu país, a longínqua Inglaterra, a fim de conseguir recursos para pagar seus fiéis carregadores e levá-los à sua terra. Com o seu último dinheiro, Livingstone conseguiu persuadir um cacique para cuidar desses homens até que voltasse. Porém, quando mal partiu o iminente inglês, começou o escárnio dos nativos do rio Zambesi: “Ele não voltará! Por acaso, já ouviram falar que um homem branco cumprisse com a sua promessa?” Os homens responderam: “Vocês não conhecem o nosso pai. Certamente ele voltará!” Meses e meses se passaram, chegando a quase dois anos. A zombaria dos moradores tornou-se quase insuportável. No entanto, os carregadores sempre diziam: “Ele voltará; temos certeza!”
Eis que num belo dia ouviu-se um barulho estranho vindo do rio. Todos correram às margens do Zambesi. Lá estava um vulto estranho na face das águas - um barco a vapor que sulcava o rio africano. Nessa embarcação estava ninguém mais ninguém menos que o próprio Livingstone. Os trezentos homens romperam em grandes gritos de júbilo e lançaram-se à água para irem ao encontro dele, bradando: “Nosso pai! Nosso pai!”.
Que lição é esta para nós? Cremos que o Filho de nosso Pai Celeste também há de voltar.

MÃOS EM PRECE

O autor do conhecido quadro que representa duas mãos postas em prece chama-se Albrecht Düerer (1471-1528), um dos maiores artistas da Idade Média e Renascença.
Albrecht tinha um grande amigo, pobre como ele, com quem fez pacto de honra, para que ambos estudassem pintura. Um trabalharia, enquanto outro iria lidar com a palheta e os pincéis. Por insistência, Albrecht foi o primeiro a estudar. Findo o estudo, Düerer pôde custear as despesas do amigo. Este notou que os anos e o trabalho árduo lhe tinham roubado a destreza.
Certo dia, desanimado, ergueu as mãos em prece, orando a favor da carreira do amigo. Foi quando Albrecht, aproximando-se ouviu a voz do amigo que se encontrava ajoelhado com as mãos erguidas. Profundamente comovido firmou naquela hora a seguinte resolução: “Jamais poderei devolver a essas mãos a agilidade que perderam; posso, porém, demonstrar ao mundo a gratidão que sinto pelo meu amigo. Pintarei essas mãos tais como as vejo agora; poderá ser que ao vê-las os homens apreciem o que elas fizeram por mim”.
A obra ficou famosa pelos séculos seguintes.

AS AVENTURAS DE UMA BÍBLIA

Certa ocasião uma jovem viúva olhava pela janela de sua casa. Ela residia próxima a uma importante praça da cidade de Dublin. A sala estava elegantemente mobiliada, tudo respirava conforto e até opulência, porém aquela mulher parecia ser infeliz.
A senhora Blake era uma católica romana fervorosa, que praticava o seu credo conscientemente, mas, nos últimos tempos sentia-se pesarosa de espírito por ter praticado muitas coisas hediondas na vida. As práticas religiosas, penitências, orações, nada lhe traziam qualquer satisfação. Não podia livrar-se do pesado fardo.
Ela havia contado sua mágoa ao seu confessor. Seguindo as suas ordens, encarregara-se de praticar várias obras de caridade; porém, embora parecendo ser interessante, a sensação pecaminosa pesava mais e mais em sua alma. O confessor era um padre muito jovem, agradável e atraente. Ele deu-lhe plena absolvição dos pecados, todavia não trouxe nenhuma consolação.
Um dia, estando ela meditando, bateram à porta. Antes que tivesse tempo de conciliar os pensamentos, o padre entrou na sala. “Que poderei fazer para levantar o seu espírito e remover essa triste expressão do seu rosto?”. “O senhor é tão amável e tem feito tudo o que está ao seu alcance, porém o peso de que lhe falei continua oprimindo a minha alma”. “Escute”, disse ele, “já resolvi o que deves fazer. Há um homem que vem a Rotunda amanhã e que é capaz de lhe fazer sorrir e torná-la feliz. Vá ouvi-lo”. “Senhor padre!...” “Não! Nenhuma palavra! Não admito desculpa. Ordeno-lhe que vá; tem mesmo que ir”.
O padre explicou que um famoso ator cômico, bem conhecido naquela época, ia apresentar-se a um público elegante e que, em sua opinião, isso seria a melhor coisa para ela. Não valia a pena protestar. Ela não poderia desobedecer ao seu conselheiro espiritual. Ele já estava lhe trazendo uma entrada gratuita para o espetáculo. E assim, na tarde do outro dia, a senhora Blake dirigiu-se ao local indicado, onde grandes cartazes anunciavam o espetáculo. Ela tinha que ir; fora-lhe ordenado que fosse.
A Rotunda, como todos os cidadãos de Dublin sabem, tem sob o seu telhado mais de um salão público. Ali há um grande coliseu, o salão das colunas e mais uma ou duas salas. Além disso, também há diferentes entradas. O que aconteceu foi que a senhora Blake se enganou na entrada para o espetáculo. Em vez de seguir a multidão que adentrava para um determinado recinto, ela notou uma pequena fila de pessoas dirigindo para um outro lugar. Seguiu-a e encontrou-se num dos salões menores, e ali esperou.
Estranhou que ninguém lhe pedisse a entrada. Pensou que mais tarde poderia retificar esse fato. Não teve muito tempo que pensar, pois logo levantou-se um cavalheiro que apareceu anunciando um hino e de repente ela lembrou-se que havia cometido um lamentável erro, entrando pela porta errada. Na verdade, o que se realizava ali era um culto protestante. Por ser muito tímida e sensível, sair daquele lugar, à vista de toda aquela gente, se tornou numa impossibilidade. Que fazer? Resolveu retirar-se no fim do hino, sem que chamasse a atenção das pessoas.
Foi o que ela tentou fazer. Em sua preocupação de sair o mais depressa possível, seu guarda-chuva cai ruidosamente de tal forma que muitas pessoas se viraram para trás para ver o que tinha acontecido. Aterrorizada com o incidente, deixou-se cair numa cadeira e quase desejou sumir pelo chão adentro.Seguiu-se um profundo silêncio e então uma voz, a do cavalheiro, elevou-se em oração. Ela não pôde deixar de escutar, pois nunca até aquele dia ouvira coisa semelhante. Era tão diferente das orações que havia em seus livros de devoção. Aquele homem, tão reverente, parecia muito feliz enquanto orava. Tudo aquilo a impressionou muito.
A oração terminou e o orador anunciou a leitura de uma passagem da Escritura sobre “o perdão dos pecados”. De todos os assuntos do mundo, era justamente aquele que ela mais desejava ouvir. Viesse o que viesse agora, não se importou no que o seu confessor iria dizer. Podia ele fazer o que quisesse, ela haveria de ouvir aquilo.Dos primeiros dezoito versículos de Hebreus, dez foram lidos. O orador, de uma maneira simples, expôs o ensino, até que tudo ficou claro como água cristalina. O único sacrifício, oferecido uma vez, o perdão livre e pleno concedido àqueles que o pedirem em nome de Jesus – tudo ilustrado com várias outras passagens do Novo Testamento formou o assunto daquela pregação. E tal como o solo ressequido embebe as chuvas de verão, assim aquela pobre alma recebeu a verdade maravilhosa! Nunca, até então, havia escutado semelhante mensagem! O orador terminou e após outra oração a reunião foi concluída.
A senhora Blake sentiu que essa era uma oportunidade única em sua vida. Enchendo-se de coragem dirigiu-se à extremidade do púlpito e perguntou ao pregador de quem eram as palavras lidas. Surpreendido com tal pergunta, ele desceu e foi logo abordado com muitas inquirições que se ofereceu para escrever algumas referências bíblicas, a fim de que ela pudesse estudá-las em casa. Quando soube que aquela senhora não possuía Bíblia, interessou-se sobremaneira por aquele caso.“Eu vou emprestar-lhe a minha Bíblia”, disse ele. “Queira ler as passagens sublinhadas nas páginas que dobrei. Agradeceria muito se me devolvesse o Livro daqui a alguns dias. Ele é a coisa mais preciosa que possuo”.
A senhora Blake agradeceu-lhe muito e foi depressa para casa, cheia de alegria em seu coração, com uma nova luz em seus olhos. Como se sentia diferente! Não era mais aquela criatura que há algumas horas antes dera na direção da Rotunda!
Nos dias seguintes ela se esqueceu de tudo, suas tristezas, seu fardo. Menos do seu tesouro. Leu e releu as passagens indicadas e também muitas outras. A luz brilhou no seu entendimento. O peso de espírito rolou para um túmulo aberto. A paz de Deus encheu seu coração. Afinal chegou o momento de devolver a Bíblia. Mais uma vez estava ela entregue ao seu novo estudo e de tal maneira absorvida nos pensamentos que não percebeu o toque da campainha. Alguém entrou na sala subitamente! Era o confessor! Ele estava ali, diante dela, lhe observando! Ele reparou logo em duas coisas: o seu gesto de embaraço e ao mesmo tempo uma serena placidez no seu olhar, como ele nunca tinha visto. “O que aconteceu?”, perguntou ele. “Eu nunca soube se aquele espetáculo lhe agradou ou não, e, como não a vi no domingo passado, pensei que estava doente”.
Tomada de surpresa pelo inesperado acontecimento, a senhora Blake perdeu o seu autodomínio. Era sua intenção manter esse assunto em segredo, pelos menos durante algum tempo. Mas agora não se conteve, e com a simplicidade de uma criança contou a história toda: o engano do salão, a tentativa de evadir-se, as palavras ouvidas, o Livro emprestado, e no fim de tudo a alegria e a paz que enchia o seu coração.
Ela falava com os olhos postos no chão; porém ao levantá-los, sentiu o espírito gelar-lhe de terror ao ver o olhar do homem que estava à sua frente. Era cheio de raiva. Nunca até então ela havia visto semelhante fúria expressa num semblante. “Dê-me esse livro!”, disse ele rispidamente. “Ele não me pertence!”, exclamou ela tentando em vão detê-lo. “Dê-me!”, foi a resposta; “senão perderá eternamente a sua alma. Esse herege por pouco a lança no inferno. E nunca mais, nem ele nem a senhora, hão de ler este livro”.Agarrando a Bíblia enquanto falava, meteu-a violentamente no bolso, lançando um olhar terrível para a mulher e saiu apressadamente da sala.
Ela sentou-se paralisada. Ouviu a porta fechar-se e lhe pareceu que alguma coisa no seu coração também se fechava, deixando-a aterrorizada. Aquele olhar terrível a perseguia por onde andava. Somente os que nasceram e foram criados na igreja romana conhecem o horror indescritível que a concepção do poder dos sacerdotes pode inspirar. Mas, logo em seguida, ela pôs-se a pensar também no orador que tinha lhe emprestado a Bíblia. O seu endereço estava lá escrito, mas era impossível lembrar-se dele e não sabia para onde escrever. Isto era muito triste!Os dias foram passando lentamente, e o seu visitante, outrora sempre bem-vindo e atualmente tão temido, não voltara mais. Ia renascendo a coragem e por fim passados uns quinze dias ou mais, ela resolveu aventurar-se para fazer uma visita ao padre. Era necessário fazer um enorme esforço para reaver o Livro e restituí-lo ao seu legítimo dono.
O padre, por nome João, vivia a certa distância e a casa dele ficava junto a um convento no qual ele era professor. A senhora Blake dirigiu-se para lá e bateu à porta. Uma freira a atendeu. A freira ficou visivelmente sobressaltada ao ver a senhora Blake. Ao ouvi-la perguntar pelo padre os seus olhos chamejaram por um momento. Imediatamente seu rosto ficou rígido e o seu gesto frio. Disse: “Sim, o senhor padre João está em casa. Ele está no quarto. Não quer entrar e vê-lo?”.
A freira a empurrou até o quarto e assim que a senhora Blake entrou, ela sobressaltou-se! O corpo inerte do padre João estava num caixão! Morto!
Antes que ela voltasse a si do choque, a freira sussurrou nos ouvidos estas palavras: “Ele morreu amaldiçoando-a. A senhora deu-lhe uma Bíblia e ele encarregou-me de lhe dizer que a amaldiçoava; sim, amaldiçoava-a no seu último alento. Agora vá embora!” Antes que ela tivesse tempo de se aperceber do que tinha sucedido, encontrou-se na rua, com a porta fechada atrás de si.
Várias semanas transcorreram. O perfume da primavera passou sobre a terra, despertando folhas e flores à vida e à beleza. Uma tarde estava a senhora Blake ponderando nos acontecimentos dos últimos meses. Alegrou-se mais uma vez pela alegria de estar perdoada. Ela havia comprado uma Bíblia para as suas leituras diárias. Os velhos erros em que havia sido educada tinha-os renegado, um por um. Mas havia em seu coração um certo desgosto que não podia apagar. Como era triste, muito triste, a breve enfermidade do padre e a sua morte repentina! O seu último olhar! As suas últimas palavras! Aquela terrível mensagem!
Por que havia ela de ter sido tão abençoada, levada ao abrigo da paz, cheia de alegria celestial, e ele, sim, porque não teria as mesmas palavras bíblicas produzido igual mensagem a ele? Por que será, pensou ela, que um Deus tão bom, cheio de amor, permitiu isto? Naquele momento a criada fez entrar na sala uma senhora. Aquela senhora estava coberta com um véu espesso. Ela estava irresoluta. Antes que a senhora Blake pudesse falar, a mulher disse: “A senhora não me conhece com esta roupa, mas vai ver daqui a pouco quem sou eu”, disse ela levantando o véu e mostrando o rosto da freira que lhe entregara a mensagem de maldição. A senhora Blake recuou um passo, perguntando a si mesma o que viria ainda a acontecer, mas a sua visitante acalmou os seus temores, e prosseguiu: “Tenho duas coisas a dizer-lhe e vou ser muito breve, pois estou com pressa. Em primeiro lugar peço-lhe que me perdoe a horrível mentira que lhe disse naquele dia. Eu já pedi perdão a Deus. O padre João morreu abençoando-a de todo o seu coração.
No dia anterior ao da sua morte, ele encarregou-me de lhe dizer que ele mesmo também tinha encontrado o perdão por meio daquele Livro e que, através da Eternidade, ele a abençoaria por ter a senhora levado a ele o conhecimento do Salvador. E agora a senhora perdoa-me, sim?” “Pois não! E do fundo do meu coração”, retorquiu a senhora Blake espantada. “Mas porque a senhora disse aquilo?”. “Porque eu a odiava. Eu amava o meu confessor e odiei a senhora por ter-lhe mandado para o inferno, segundo eu cria. Agora ouça: eu senti enorme desejo de ler aquilo que o padre João tinha lido. Depois do funeral não pude resistir a curiosidade de examinar o Livro. Fiquei fascinada e li mais e mais, até que eu também encontrei perdão e paz no meu Salvador. Há várias semanas estudo a Bíblia e agora ela está aqui. Por tudo isto, esta tarde fugi do convento e vou partir para a Inglaterra esta noite, mas senti que devia vir aqui restituir a Bíblia e dizer-lhe que eu também durante toda a minha vida a bendirei por me ter ensinado, através deste Livro, a maneira de encontrar o perdão dos meus pecados. Adeus! Deus a abençoe! Vamos nos encontrar no Céu!”
Uma breve despedida e a mulher saiu para fora da casa, desaparecendo.Afinal de contas, seria tudo um sonho? Agora uma pequena Bíblia achava-se sobre a mesa, diante da senhora Blake. Não, não era um sonho, mas sim, uma gloriosa realidade. Aquele Livro pequeno, sem ter uma voz viva para expor os seus ensinos, naqueles dois casos tirou três almas preciosas das trevas e transportou-as para a Luz.
Há de se imaginar como ficou o dono da Bíblia ao ser-lhe restituída, com esta maravilhosa história! Contudo, o que disse Aquele que enviou a Palavra a desempenhar a sua missão?: “Assim será a minha palavra que sair da minha boca; ela não tornará para mim vazia, antes fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei”, Is 55.11. (J. H. Townsend, A Seara, CPAD).

DESENVOLVENDO HABILIDADES

Um mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita... Durante o percurso ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também com as pessoas que mal conhecemos.
Chegando ao sitio, constatou a pobreza do lugar: sem calçamento, casa de madeira, os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas... Então se aproximou do senhor, aparentemente o pai daquela família, e perguntou: "Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e a sua família sobrevivem aqui?" E o senhor calmamente respondeu: "Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros alimentícios e a outra parte nós produzimos queijo e coalhada para o nosso consumo e assim vamos sobrevivendo.
"O sábio agradeceu pela informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi embora. No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou: "Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali à frente e empurre-a, jogue-a lá embaixo." O jovem arregalou os olhos espantado e questionou o mestre sobre o fato de a vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família, mas, como percebeu o silêncio absoluto do seu mestre, foi cumprir a ordem. Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer.
Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos, até que, um belo dia, ele resolveu largar tudo o que havia aprendido e voltar àquele mesmo lugar e contar tudo àquela família, pedir perdão e ajudá-los. E assim o fez. Quando se aproximava do local, avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou triste e desesperado, imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver. Apertou o passo e, chegando lá, foi logo recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobre a família que ali morava há uns quatro anos. O caseiro respondeu: "Continuam morando aqui." Espantado, o discípulo entrou correndo na casa e viu que era mesmo a família que visitara antes com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha): "Como o senhor melhorou este sítio e está tão bem de vida?" E o senhor, entusiasmado, respondeu: "Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante, tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que podíamos, assim alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora!"

14/06/2009

A BÍBLIA SAGRADA EM JULGAMENTO

Um caso raro na história deu-se em 1940: a Bíblia Sagrada levada a um julgamento legal, no Tribunal do Quarto Distrito Municipal de Nova Yorque. O presidente da agência de pesquisas científicas, reverendo Rimmer, anunciou, durante 15 anos, um prêmio de mil dólares a quem provasse haver ao menos um erro científico na Bíblia.
Um diretor de jornal apresentou cinco “erros” científicos. Comissões foram nomeadas pelo juiz para debater cada ponto. Foram feitos os debates; porém, o acusador não conseguira provar um só erro, e foi, por isso, obrigado a assumir todas as responsabilidades e a pagar todas as custas judiciais.

13/06/2009

A BACIA DE ARROZ QUE NÃO ESVAZIOU

Três crianças colocadas em pé encostadas no muro com os braços levantados. Adultos homens e mulheres, batiam brutalmente nelas: “Digam, enfim, que Deus não existe! Só estas poucas palavras; não sejam assim teimosos!”, gritavam para as crianças. Mas estas somente choravam silenciosamente. Novamente os adultos bateram nelas, mas a única resposta foram os seus gemidos de dor. Aquele tratamento mau em nada adiantou. As crianças recusaram renegar sua fé. “Chega! Nós damos a elas um dia para pensar”, disse o policial comunista. As crianças, dois meninos e uma menina, o mais velho não mais que dez anos, caíram extenuadas por terra e com dificuldade se arrastaram para a casa dos pais. Seus vestidos estavam rasgados, braços e pernas cobertos de vergões e feridas.
Homens e mulheres dirigiam-se para o trabalho, meneando as cabeças, porque não podiam compreender a obstinação das crianças que já estavam completamente vencidas pela influência dos seus pais cristãos. Alguns tiveram compaixão, mas, movidos por interesses próprios, acharam por bem obedecer as ordens do oficial: “Quem não se sujeitar às idéias do grande Mao, cedo ou tarde cairá na prisão. Assim como os pais destas crianças, seus vizinhos e outros.” Em caso de compaixão, qualquer ajuda era proibida.
Naquela manhã o pai das crianças, um homem proeminente, professor da maior escola da cidade, e a mãe, ambos colunas da igreja cristã da região, foram levados presos. Todos os utensílios da casa foram confiscados, até o pouco dinheiro desapareceu. Agora, as crianças estavam sozinhas. O irmão mais velho já havia caído nas mãos dos revolucionários e morrido em conseqüência dos maus tratos. Ele, em tenra idade havia se recusado negar a sua fé.
Depois do espancamento, foi proibido qualquer pessoa visitar a casa das crianças e prestar algum auxílio. O que será agora delas? O único alimento que havia sobrado era uma pequena bacia com arroz. Elas oraram, pedindo as bênçãos, e o cozinharam. Seria esta a última refeição. Mas apesar disto, creram com certeza, que Jesus estaria bem perto delas. De repente, exclamou Dua, o mais velho enquanto a sua voz quase ficava sufocada de excitação: “Venham ligeiro e vejam isto!” Cheias de admiração, elas olharam para a tigela: estava cheia novamente! À noite elas tinham o suficiente para comer. Mas não somente isto: dali por diante, até que meses após a mãe voltou da prisão, a tigela se enchia. Sem que alguém lhe acrescentasse algo, sempre se enchia de novo. Deus salvou a vida dessas crianças através de um milagre. Durante meses elas cozinharam a sua refeição com o mesmo arroz.
Esta história admirável, o próprio Dua contou ao meu amigo Jan. Neste ínterim ele já tinha 20 anos de idade. O pai da família recentemente recebeu sua liberdade. Ele passou anos nos campos de trabalho, onde quase todas as noites era interrogado. Ele conservou a sua fé. “Ainda que vocês me matem, eu não nego o meu Senhor Jesus”, replicava em todas as cruéis tentativas de levá-lo a renunciar a sua fé. Sua esposa esteve três vezes na prisão. Mas cada vez ela voltava com maior amor e dedicação ao seu Senhor. Deus fez dessa mulher uma testemunha para todos e nas mais diversas circunstâncias ela pôde experimentar as maravilhas de Deus.

NÃO SERÁ ÚTIL

Um africano se apresentou a Moffat, manifestando grande pesar por ter perdido uma folha de sua Bíblia. “Eu te darei outra”, disse o missionário. “Ah, senhor; não é isso o pior! Meu cachorro não me servirá para mais nada”. “Por que não?” “Porque comeu a folha de minha Bíblia”. “Mas isso não causa a você nenhum dano!” “Eu sei, mas ele não me será mais útil, porque tendo comido a Bíblia já não quererá lutar nem roubar”. Então, Moffat compreendeu o que se passava. O africano havia visto que pela leitura da Bíblia os homens se tornavam honrados e pacíficos, e temia que aquela folha produzisse o mesmo efeito em seu cão.