13/06/2009

A BACIA DE ARROZ QUE NÃO ESVAZIOU

Três crianças colocadas em pé encostadas no muro com os braços levantados. Adultos homens e mulheres, batiam brutalmente nelas: “Digam, enfim, que Deus não existe! Só estas poucas palavras; não sejam assim teimosos!”, gritavam para as crianças. Mas estas somente choravam silenciosamente. Novamente os adultos bateram nelas, mas a única resposta foram os seus gemidos de dor. Aquele tratamento mau em nada adiantou. As crianças recusaram renegar sua fé. “Chega! Nós damos a elas um dia para pensar”, disse o policial comunista. As crianças, dois meninos e uma menina, o mais velho não mais que dez anos, caíram extenuadas por terra e com dificuldade se arrastaram para a casa dos pais. Seus vestidos estavam rasgados, braços e pernas cobertos de vergões e feridas.
Homens e mulheres dirigiam-se para o trabalho, meneando as cabeças, porque não podiam compreender a obstinação das crianças que já estavam completamente vencidas pela influência dos seus pais cristãos. Alguns tiveram compaixão, mas, movidos por interesses próprios, acharam por bem obedecer as ordens do oficial: “Quem não se sujeitar às idéias do grande Mao, cedo ou tarde cairá na prisão. Assim como os pais destas crianças, seus vizinhos e outros.” Em caso de compaixão, qualquer ajuda era proibida.
Naquela manhã o pai das crianças, um homem proeminente, professor da maior escola da cidade, e a mãe, ambos colunas da igreja cristã da região, foram levados presos. Todos os utensílios da casa foram confiscados, até o pouco dinheiro desapareceu. Agora, as crianças estavam sozinhas. O irmão mais velho já havia caído nas mãos dos revolucionários e morrido em conseqüência dos maus tratos. Ele, em tenra idade havia se recusado negar a sua fé.
Depois do espancamento, foi proibido qualquer pessoa visitar a casa das crianças e prestar algum auxílio. O que será agora delas? O único alimento que havia sobrado era uma pequena bacia com arroz. Elas oraram, pedindo as bênçãos, e o cozinharam. Seria esta a última refeição. Mas apesar disto, creram com certeza, que Jesus estaria bem perto delas. De repente, exclamou Dua, o mais velho enquanto a sua voz quase ficava sufocada de excitação: “Venham ligeiro e vejam isto!” Cheias de admiração, elas olharam para a tigela: estava cheia novamente! À noite elas tinham o suficiente para comer. Mas não somente isto: dali por diante, até que meses após a mãe voltou da prisão, a tigela se enchia. Sem que alguém lhe acrescentasse algo, sempre se enchia de novo. Deus salvou a vida dessas crianças através de um milagre. Durante meses elas cozinharam a sua refeição com o mesmo arroz.
Esta história admirável, o próprio Dua contou ao meu amigo Jan. Neste ínterim ele já tinha 20 anos de idade. O pai da família recentemente recebeu sua liberdade. Ele passou anos nos campos de trabalho, onde quase todas as noites era interrogado. Ele conservou a sua fé. “Ainda que vocês me matem, eu não nego o meu Senhor Jesus”, replicava em todas as cruéis tentativas de levá-lo a renunciar a sua fé. Sua esposa esteve três vezes na prisão. Mas cada vez ela voltava com maior amor e dedicação ao seu Senhor. Deus fez dessa mulher uma testemunha para todos e nas mais diversas circunstâncias ela pôde experimentar as maravilhas de Deus.

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