Na cidade de Newberg, Estado de Oregon, Estados Unidos, numa certa manhã, as 10 horas, apareceu em nosso lar uma senhora muito simpática. Ela tocou a campainha e eu me esforcei para lhe abrir a porta. A única coisa que aquela senhora falou foi a palavra “oração”. Sendo meu esposo um pregador da Palavra, julguei que a estranha havia chegado para pedir uma oração. Meu marido, naqueles dias, estava dirigindo cultos de evangelização em outra cidade bem distante. Mesmo fraca como estava, convidei-a para entrar e logo depois coloquei-me de joelhos ao lado do sofá. A visitante tirou a sua capa de chuva e ajeitou os seus cabelos. Então comecei a perguntar como ela estava e como se sentia, calculando que viera a mim para ser socorrida.
Em meio à conversa ela então revelou que não viera para receber oração; mas disse: “O Pai me enviou não para ser socorrida, mas Ele me enviou para ministrar a você, minha filha. Ele me mandou para cá por causa do aperto que você está passando neste momento. Você pediu a ajuda a Ele nesta hora de necessidade. Você clamou de todo o coração e com muita fé”.
Foi a hora quando ela me pegou nos braços e me colocou no sofá. Com muito carinho ela me cobriu com um cobertor e ainda me disse: “Quando você clamou ao Pai celestial nas horas da noite, seu Pai celestial ouviu o seu clamor”.
Aquela senhora pediu o uso do banheiro para ajeitar a capa de chuva e os cabelos, porque chovia. Como era linda! Foi a última coisa que me lembrei; eu que muito doente, não conseguia dormir várias noites. Só Deus sabia como eu precisava desse descanso.
Havíamos pastoreado em vários Estados e recentemente chegamos ao Estado de Oregon, onde nasci. O pastor da Assembléia de Deus em Newberg pedira a minha cooperação na Escola Dominical, com a mocidade, bem como a visitação nos lares. Meu marido dedicava-se a cultos de avivamentos em várias igrejas. Desta vez, quando ele saiu, hesitou muito, sendo que o nosso oitavo filho era ainda muito novo e eu ainda não tinha recuperado as minhas forças totalmente. Mas eu lhe assegurei que não havia problemas e que ele poderia viajar e não haveria nada de anormal. As outras crianças me ajudariam também.
Naquela segunda-feira eu não dormira nada. Já era hora de todos estarem se movimentando. Assim nos apressamos para o café da manhã e ainda tivemos tempo para o culto doméstico. Os filhos mais velhos geralmente lavavam a louça. Mas nessa manhã deixei-os sair correndo, devido a falta de tempo. Minha filha queria ficar para me ajudar, mas achei melhor ela não faltar a aula. Resolvemos que depois das aulas todos me ajudariam.
Quando a porta fechou com a saída do último filho, eu estava exausta ao extremo. Na cozinha havia um monte de louças para lavar. Foi nesse momento que chegou aquela senhora para me visitar. Tão cansada estava eu que recostei no sofá, esperando refazer as forças para poder dar banho nas crianças menores.
Só acordei três horas mais tarde. Achei a casa em perfeita ordem. Todos os brinquedos estavam em seus devidos lugares. Tudo estava em perfeita ordem e o chão limpinho. A mesa fora posta e arrumada, coberta com toalha; o serviço também completo, louças, garfos, facas, colheres etc. havia lugares para treze pessoas, incluindo a cadeira para a minha filha de um ano e quatro meses.
A cozinha estava em perfeita ordem. Aquele monte de louça suja estava lavado e enxugado. O assoalho tinha sido lavado. O bebê estava limpinho, sentado, quietinho numa cadeira e brincando com uma colher. Lá estava um bolo feito na hora e um prato de saladas e outras coisas para comer.
Certos detalhes me deixara perplexa, por exemplo, o fato de que a visitante havia lavado toda a roupa limpa e acumulada do bebê e dos demais, incluindo a roupa de cama. Tudo foi trocado no sábado, lavado, enxugado, passado a ferro e posto no seu devido lugar. No momento a visitante estava guardando a tábua de passar roupa. A máquina de lavar não tinha capacidade de lavar tanta roupa em três horas e estava chovendo. Foi um mistério de como ela conseguiu enxugar essa roupa em tão pouco tempo. De modo geral eu levava dois dias para conseguir tanto. As vezes os meninos tinham de me ajudar.
Eu expressei meus agradecimentos e minha admiração pelo que fora feito em minha casa, dizendo-lhe: “Mas como podia fazer em tão pouco tempo?” Ela respondeu que foi pelo poder de Deus. Perguntei onde morava e onde passou a noite. Procurei saber também quem era ela. Mas as respostas eram todas estranhas.
Por fim lhe perguntei: “E por que preparou toda esta comida? E por que estava posta a mesa na sala de jantar quando normalmente ocupávamos apenas a mesa da cozinha? Também a família não era numerosa”. Sua resposta foi que receberíamos outros visitantes em breve. Que surpresa para mim! Seriam treze pessoas para comer. Durante algum tempo conversamos na cozinha. Lembro-me da sensação estranha e diferente que senti enquanto ela ministrou as coisas da fé em Deus.
Quando as crianças voltaram da escola, cada uma observava a visitante e depois chegavam para perto de mim. Percebi que estavam perplexas. As menores perguntavam: “Quem é ela, mamãe? Ela é diferente... Que aspecto diferente, mamãe!”
Antes eu havia perguntado o seu nome para dizer à família. Ela respondeu: “Diga somente que sou filha de Deus, que aqui chegou em resposta à sua oração”. Informei às crianças: “Meus filhos, esta senhora é uma senhora maravilhosa que Deus mandou para me ajudar hoje. Vocês sabem que a mamãe orou a Deus pedindo socorro, e Deus me mandou esta amiga tão maravilhosa, que tanto me ajudou”.
Quando meu marido voltou inesperadamente pouco depois das crianças, ele trouxe consigo mais cinco pessoas. Alguém tinha falecido na igreja onde ele estava pregando e a série de cultos foi temporariamente cancelada. Meu esposo havia deixado o automóvel comigo. Desta forma ele trouxe o pastor, sua esposa, sua filha e mais um casal para casa.
A minha visitante preparava-se para ir embora, quando o meu marido, o pastor Triplett, chegou na cozinha. Apresentei a visitante a ele. Ele respondeu: “Como é maravilhoso! É Jesus que assim faz”.
As cinco horas estávamos todos sentados à mesa na sala maior. Éramos ao todo ali treze pessoas! A nossa visitante, nisto, desapareceu. Olhando na cozinha descobrimos que todas as louças já estavam lavadas.
Em meu estado debilitado, que teria feito sem a ajuda dessa visitante misteriosa? Eu teria passado vergonha e meu marido também. Os visitantes teriam se sentido mal. Para preparar o lanche, não tinha forças. Sabíamos que essa visitante não podia ser uma pessoa humana, pois tanto trabalho fez em tão pouco tempo. Motivados pela curiosidade para sabermos quem era ela, perguntamos aos amigos e vizinhos. Fomos à polícia de nossa cidade. Ninguém soube nos informar. Ninguém tinha visto essa tal pessoa estranha. A única explicação que nos pareceu favorável era esta: que ela era um anjo enviado por Deus, como lemos em Hb 1.14: “Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?”
Sempre que falo nesta experiência, me faz chorar pensando na misericórdia e bondade de Deus que na hora da minha agonia enviou o seu socorro na hora exata. “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os teus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!”
Este testemunho foi escrito pela irmã Gladys Triplett, mãe do Reverendo Loren Triplett, Estados Unidos.
(Mensageiro da Paz)
A Paz! irmão Isac. Fique a vontade o blog é nosso!
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