30/07/2009

MARIPOSA-IMPERIAL

Há um fato curioso a respeito da mariposa imperial: ela sai do casulo por uma abertura que nos parece pequena demais para o seu corpo. É interessante. Não deixa vestígio de sua passagem: um casulo vazio é tão perfeito como um casulo ocupado. Vim, a saber, que segundo se supõe, a exígua abertura desse casulo é uma provisão da natureza para forçar a circulação dos humores nas asas da mariposa, asas que ao tempo da eclosão são menores que as de outros insetos congêneres.
Certa vez guardei por bom tempo um desses casulos, que têm interessante forma cilíndrica. Estava ocupado. Eu anelava por ver chegar o dia da saída do inseto. Finalmente o dia esperado chegou: e lá fiquei eu uma manhã inteira. Interrompendo a todo o momento o meu serviço, para observar a trabalhosa saída da mariposa.
Mas, no meu entender, aquela saída estava trabalhosa demais! Pensei que talvez fosse por ter o casulo ficado tanto tempo fora de seu habitat, quem sabe se em condições desfavoráveis. Podia ser que suas fibras se tivessem ressecado ou enrijecido. E agora o pobre inseto não teria condições de sair dali.
Depois de muito pensar, arvorando-me em mais sábio e compassivo que seu Criador, resolvi dar-lhe uma pequena ajuda. Tomei uma tesoura e dei um pique no fiozinho que lhe embaraçava a saída. Pronto! Sem mais dificuldade, lá saiu a minha mariposa, arrastando um corpo intumescido. Fiquei atento e curioso para ver a expansão de suas asas encolhidas, o que é um espetáculo admirável aos olhos do observador. Olhava curiosamente aqueles minúsculos pontos coloridos, ansioso por vê-las dilatarem-se, formando os desenhos que fazem da mariposa imperial a mais bela de sua espécie. Mas, nada... E o fenômeno nunca se deu!
Em minha pressa de ver o inseto em liberdade, eu havia, sem o saber, impedido que se completasse o laborioso processo que estimularia a circulação nos minúsculos vasos de suas asas! E a minha mariposa, criada para voar livremente pelos ares, atravessou sua curta existência arrastando um corpo disforme, com asas atrofiadas.
Muitas e muitas vezes tenho-me lembrado desta mariposa quando observo, com olhos compassivos, pessoas que se estão debatendo em meio a sofrimento, angústias e dores. Eu de bom grado lhes cortaria a disciplina e daria liberdade. Homem sem visão! Qual dessas dores poderia sem dano ser poupada? A perfeita visão, o perfeito amor, que deseja a perfeição de seu objeto, não recua por uma fraqueza sentimental diante do sofrimento presente e transitório. O amor de nosso Pai é muito verdadeiro para fraquejar. Porque Ele ama a Seus filhos. Ele os corrige, a fim de fazê-las participantes da Sua santidade. Com este glorioso fim em vista, Ele não nos poupa o pranto. Aperfeiçoados através do sofrimento, como seu Irmão mais velho, os filhos de Deus são exercitados na obediência e trazidos à glória, através de muita tribulação. (Mananciais no Deserto-Betânia)

24/07/2009

TRIGO MILAGROSO

A colheita fora muito boa. O bom tempo ajudara o labor dos dois irmãos. Um, casado, vivia com a família numa boa casa. O outro, solteiro, tinha sua pequena casa ali ao lado.
A divisão da abençoada colheita obedeceu à regra do meio-a-meio; em partes iguais. Cada um recolheu sua metade no seu celeiro.
Alegres, despediram-se para o repouso da noite. O travesseiro, enquanto o sono não chega, abre possibilidade à meditação, como que dialogando conosco. E o nosso irmão solteiro pensou: "Meu irmão é casado, tem dois filhos, a esposa... Naturalmente sua necessidade é maior que a minha...".
Levantou-se, foi ao celeiro, encheu um saco de trigo e, sorrateiramente, foi despejá-lo no monte de trigo do irmão. Sentia-se alegre.
O casado, mal o casal se deitou, conversou com a esposa e ambos concluíram que o solteiro havia trabalhado mais, livre que estava de compromissos caseiros e familiares e, mais ainda, precisava preparar-se para formar família. Logo o esposo deixou o leito, ia ao celeiro, enchia um saco de trigo e despejava no monte de trigo do irmão. Isto deixou o casal mais feliz.
Por várias noites o gesto foi repetido. Cada um se sentia bem pelo fato de seu monte não diminuir. Montes milagrosos? Ou seria o trigo que crescia?
Uma noite veio o encontro: os horários coincidiram. A meio caminho, ambos com o saco de trigo às costas, deram de frente um com o outro.
Abraçaram-se. Reuniram os montes de trigo num monte só.
E assim, o fato deixou uma valiosa lição: O amor fraternal ainda é capaz de maravilhosos milagres.
(Amantino Adorno Vassão – Mensagem da Cruz)

21/07/2009

PASTEUR E A BÍBLIA

Fato ocorrido em 1892
Um senhor de 70 anos viajava de trem tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, e estava aberta no livro de Marcos. Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:
- O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?
- Sim. Mas não é um livro de crendices é a Palavra de Deus. Estou errado?
- Claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a história geral. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus criou o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os cientistas dizem sobre isso.
- É mesmo? E o que dizem os cientistas sobre a Bíblia?
- Bem, respondeu o universitário, vou descer na próxima estação, mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o material pelo correio.
O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó, e deu o cartão ao universitário. Quando o jovem leu o que estava escrito saiu cabisbaixo se sentindo pior que uma ameba. O cartão dizia:
"Louis Pasteur, Diretor do Instituto de Pesquisas Científicas da École Normale de Paris".

RETORNANDO

Voltemos à nossa jornada, após problemas com a Rede, aqui no sul do Brasil!

10/07/2009

UMA CARTA DE AMOR

Uma certa princesa, no dia do seu aniversário, ganhou de seu noivo um pacote em forma de uma bola. Ela abriu-o e assustou-se. Era um enorme projétil de canhão! Desapontada e zangada atirou a bala preta num canto do quarto. Nessa altura, mediante o impacto, rompe-se a camada externa e aparece um volume arredondado todo de prata. Sem hesitar ela o ajunta e nisto o envoltório rompe-se e se desprende. Surpreendida, depara-se com um envelope de ouro. Sem demorar-se ela o abre e eis uma outra surpresa: sobre um veludo preto, um anel reluzente cravejado de diamantes, de grande valor. Em anexo seguia uma breve dedicatória: Por amor a você!
Muitos pensam assim: a Bíblia não lhes agrada. Um livro de capa preta, com letras miúdas e dizeres incompreensíveis. Todavia, quem nele penetrar, descobrirá belezas de eterno valor e achará, por fim, a maior mensagem da graça divina: que Deus o ama.

03/07/2009

PERIGO NO CÁLICE DE OURO

Na antigüidade, uma das formas mais comuns de livrar-se de um inimigo político era o envenenamento, especialmente com arsênico. No entanto, talvez por acaso, alguém descobriu que, quando o arsênico era colocado em um cálice feito de uma liga de ouro, o cálice emitia sons como o de uma serpente sibilante e formava um pequeno arco-íris. Não há nada de mágico nesse fato. A ciência explica que isso é o resultado da reação química entre o arsênico e algumas impurezas na liga do ouro.
Podemos extrair uma boa aplicação espiritual disso. Na Bíblia, o ouro representa a natureza de Deus, da qual nos tornamos co-participantes pela regeneração, 2 Pe 1.4. Essa natureza divina em nós é sensível a qualquer sinal de morte – se temos contato com qualquer coisa que possa nos trazer morte espiritual - imediatamente a natureza de Deus em nós dará aviso. Nenhum cristão jamais poderá dizer que Deus não o avisou do perigo. Precisamos, sim, é desenvolver nossa submissão aos avisos de Deus. Desse modo, nosso viver manifestará a natureza de ouro de Deus.