24/09/2013

Perguntar não ofende

Certa noite, Dwight L. Moody, viu um homem encostado num poste. Foi até ele e perguntou: “O senhor já é crente?”

O homem ficou furioso e Moody achou que seria jogado na sarjeta”. Moody pediu desculpas. “Pois meta-se com a sua própria vida”, rosnou o homem. Três meses depois, alguém bateu à porta da casa de Moody. “Quem é?”, perguntou.

Uma voz de homem respondeu, dizendo que era um estranho. De dentro mesmo, o evangelista perguntou: “O que o senhor deseja?” A resposta do homem foi: “Eu quero aceitar a Cristo como meu Salvador”. Moody conta: “Abri a porta, e para minha surpresa, ali estava o homem que me xingou por eu ter conversado com ele. O homem disse: ‘Peço muitas desculpas. Não tenho tido paz desde aquela noite. As palavras do senhor, como fantasmas, continuam me assombrando. Na noite passada nem consegui dormir, e então pensei em vir aqui para que o senhor orasse por mim’. De fato, o homem se tornou uma nova criatura, e ali mesmo perguntou: ‘O que poderia eu fazer para o meu Salvador?’”

Logo depois, o homem passou a ensinar na Escola Dominical, ensinou até que foi convocado para a guerra, e foi uma das primeiras vítimas fatais. Morreu, mas não sem dar um poderoso testemunho da graça de Deus.

O fato de não sabermos como Deus usará a nossa palavra não deveria nos inibir de abrir a boca para falar do perdão de Cristo. Às vezes, a grande virada na vida de uma pessoa pode começar com uma pergunta simples, do tipo “Se você morrer hoje, para onde irá a sua alma: para o céu ou para o inferno?”

Pr. João Soares da Fonseca

BBN Rede de Radiodifusão Biblica

18/09/2013

O revólver, uma Bíblia

Um dos aspectos mais gratificantes em liderar um centro de treinamento no sertão é a beleza da obra da cruz externada em vidas que conhecemos na caminhada. Um destes personagens verídicos é o irmão Luiz. Ele era violento. Um violento calmo, de fala mansa, homem de palavra e que não levava desaforo para casa. Cismado, não gostava de brincadeira. Para ele as coisas se resolviam logo na bala.

Este estilo de ser não é incomum no sertão nordestino. Homens que valorizam a honra, e respeitam mais o revolver que a Bíblia. Era assim que pensava e agia o seu Luiz, morador de Ibiara, na Paraíba. Não era difícil ameaçar alguém de morte e ser ameaçado, principalmente em sua mocidade. Com este estilo de vida, ele adquiriu muitos inimigos e, alguns, de morte.

Em determinado dia foi pego numa emboscada, levou muitos tiros. Não morreu. Segundo ele, porque era escolhido de Jesus. Depois que seu Luiz se recuperou dos ferimentos, passou a refletir mais sobre a vida, e se valia à pena viver. Foi quando, num belo dia, um crente se aproximou dele e dos demais cabras valentes que estavam reunidos embaixo de um juazeiro e informou acerca de uma reunião na casa de seu Zé Nicolau, no sítio Olho d’Água. Seu Luiz ficou intrigado com a ousadia e segurança daquele crente. Afinal de contas ele e seus companheiros eram famosos pela ignorância e violência. Sem saber exatamente por que, ele disse que ia. E foi. E gostou do que ouviu, passando a frequentar a igreja dos crentes, contudo, só ia armado. Ele não confiava em ninguém, só em seu revólver.

Um dia, na igreja dos crentes, ele se sentiu mal por estar de revólver na cintura. Meditou dentro de si e chegou à conclusão que não era certo estar armado dentro da casa de Deus. Foi para casa, chamou um compadre dele e propôs a venda da arma. O amigo sugeriu uma troca por um terreno, um lote de casa. Seu Luiz concordou e fechou negócio. Pouco tempo depois ele se converteu de verdade, aceitando a Jesus como Salvador e Senhor. O irmão Luiz hoje é um homem manso, ainda corajoso, mas, só para pregar o Evangelho. Um evangelista de mão cheia por sinal. É aluno do Seminário Sertanejo da Juvep em Itaporanga e termina neste ano o básico em teologia.

A filha do irmão Luiz se casou ano passado e ela disse uma frase que ele não esquece: “Pai, que bom que o Senhor trocou o revólver pelo terreno, eu e meu marido temos um lugar para construir a nossa casa. Muito obrigado, meu pai”. O Evangelho quando chega de verdade transforma vidas.

Pedro Luis Da Silva
Itaporanga - PB

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